terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tão só um pedaço de carne, como eu

É que para mim é algo contraditório o fato de vc ainda falar de mim, e ainda, de falar de mim às outras pessoas, pois vc me disse que queria se esquecer de mim...não me disse isso aquela noite? Também me disse que nos veriamos, com certeza, em alguma ocasião, e eu sei que é verdade, pois o mundo é tão pequeno que, embora tenha que fazer uma trilha de 12h e mais de 3000km para ver o meu filhote, te verei, mesmo nos evitando, nos odiando ou nos amando, pois o ying e o yang sempre tenderão a juntar-se: eis a teoria do caos, que torna-se estável e em equilibrio afinal das contas.

Não posso negar, senão mentiria por omissão, que minha atitude grosseira e crua, que meu desdém e minha apatia são um mecanismo de defesa, tal vez para apresar as coisas, com o intuito de seu coração me ver com uns olhos diferentes, e seus olhos me olharem com alegria, com aprecio, com tolerancia e com compreensão; que seus olhos olhem através dos meus, e que os meus aprendam a olhar através dos teus, sem que isto signifique, pelos 4 olhos envolvidos neste conceito, que tu devas olhar como eu olho, nem que eu deva olhar do jeito que tu achas, pois sabemos que sempre seremos opostos, porém tão semelhantes...

Mas se achas de verdade que o melhor é que sumamos e nunca mais nossos olhares se cruzem, eu irei embora, com meu caminho de tijolos amarelos, com meu filhote e com a tua lembrança; se decides isso, partirei, rápido e de vez, pois não quero perder o sentimento aos poucos. Se acontecer isso, só te peço uma coisa: me esqueça de vez também, pois eu o farei, com a mesma frialdade de sempre, e tu serias tão só mais um número, tão só mais uma mancha no lençol, tão só uma marca no tempo, tão só um pedaço de carne.

Como eu o sou.

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