quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Entre joaninhas e nostalgias

Quatro luas depois que foste embora, chegaste em forma de joaninha e pousaste na minha mão esquerda, na praça do relógio da faculdade . Uma tarde solada, na qual a saudade q sentia por ti escondeu-se, passageiramente, entre tanto trabalho e estímulos do laboratório: as células cresciam lentamente, como forçadas, os alunos eram ensinados e corrigidos e os relatórios, editais e artigos acumulavam-se na mesa.

Mas voltando a tua visita em forma de joaninha, quando pousaste ficaste estática, como paralisada. Te senti mas não me mexi, pois não queria que fosses embora. Eras uma joaninha galega, com pontinhas marrons e tuas antenas brilhavam pela luz do sol q as iluminava. Ficaste serena, para depois dar um passeio pela minha mão, acima das veias que latejavam nervosamente. Estava extasiado com tua beleza e teu toque, suave, carinhoso e cálido. 


Pausaste a  caminhada e olhaste por todos lados, reconhecendo o lugar, te limpaste as patas e te esticaste, para ficar novamente estática, mas dessa vez olhando para mim, assim como aquela primeira noite. Te olhei e encheste minha face de alegria. Depois levantaste tuas asas e foste  para meu nariz, perto dos óculos. Eu respirei fundo e segurei a coceira, mas depois de não muito tempo levantaste e foste embora, rumo ao nordeste.

O único q esqueceste foi me dar um beijo.

sábado, 22 de setembro de 2012

TV 5 Monde




Il m’informe de ma situation, dans laquelle je ne sais pas se je viens ou je m’en vais.
Non, malheureusement je ne sais pas pourquoi je me sens comme ça.

Je dois dire que je te trouve beaucoup excité
Et que je ne me trouve pas.

Je pense aussi que je ne me trouverai jamais.
Je confesse que tout que est écrit ici c’est vraie
Et rien de tout cela ne doit pas t’occuper.

Bisous, chéri.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Nadie sabe para quien trabaja

[…] E o Alberto, o que sempre pegava as garotas mais lindas na roda de samba, aquele que era a inveja na pista de forró, o que tinha os braços grandes, os lábios carnudos e a cabeça careca; ele mesmo foi que, numa quinta-feira, bêbado, pegou a cadeira da Dolores, sem saber que era dela, e levou-a para casa num ato de rebeldia de adolescência tardia, deixando a coitada sozinha, incômoda e triste.

Dias depois, o artista roubou a cadeira de casa sem aviso prévio, levando-a para o museu, deixando a Dolores sem ilusões, o Alberto sem façanhas e a mim sem lembranças.

O único que ficou foi a marca da Dolores nas patas dianteiras da cadeira, lembrada por todos os que passavam pela rua onde ela dormia. As marcas foram deixadas quando ela conseguia comer qualquer coisa que lhe davam, quando ela era mais ela, com os pés encostados nas patas, a tensão, o medo e o instinto à flor da pele, pois só quando ela comia conseguia estar nesse nosso mundo “real”, cheio de fome, iniquidade e pobreza; o mundo do qual ela sempre quis fugir, mas a vontade de comer, de saciar sua necessidade mais básica, obrigava-a voltar à realidade, a se sentar na cadeira, como sua única conexão com os outros humanos que deambulavam pela cidade.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sobre falsos profetas.

(ES)
No es mi experiencia, pero la siento como mía. La verdad, es ver como todo ese proceso, regado a mucho café colombiano, se convirtió en una realidad: la abertura de la exposición. Aquel momento en que todo el esfuerzo, las llamadas, las fotos y el desespero se juntaban en la presentación del performance y la interacción con los objetos, esculturas, o instalaciones.

Es impresionante ver al público interactuando con el artista, haciéndolo su juguete, su marioneta personal en aquel momento, bien sea por la dosis de cachaça que ofrece el artista, o por la intención de saber más sobre su papel como ilusionista.

Sr. Kosouth es una máquina monstruosa cuando se activa. Hay tanta energía en el lugar, existe una interacción constante entre las diferentes áreas: la persona, el performer, la acción, la definición y la fotografía. El público, expectante, asombrado por la capacidad multicanal del performer. El performer, expuesto y vulnerable frente a su propio ego, sin otra arma más que su arte, que, vale la pena decirlo, fue el causante de todo lo que le ha sucedido.

Es, digamos en términos polémicos, un Jesucristo del arte contemporánea, expugnando todos sus pecados y los pecados de aquellos que están en la exposición. El morbo se apodera del público cuando el performer canta desnudo, y también cunde la codicia cuando le piden más y más cachaça. Otros pecados capitales rondan el lugar, lo cual hace aún más válido el sacrificio que hace este falso mesias en el museo.

Las lágrimas, el sudor y la resaca son lo único que quedan en el espacio. Se van las personas, las luces, las cámaras y el performer. Resta el Sr. Kosouth inactivo, expectante a que sea nuevamente reanimado: que las fotos muden su lugar, la definición mude su contenido, la acción sea creada y el performer lapidado. Así como los diamantes.

***
(PT)
Não é a minha experiência, mas eu a sinto como se fosse. Na verdade, é ver como todo o processo, muito regado com café colombiano, tornou-se realidade: a abertura da exposição. Aquele momento em que todos os esforços, as ligações, as fotos e o desespero se juntaram na apresentação da performance e na interação desta com os objetos, esculturas, instalações ou como queiram ser chamadas.

É incrível ver o público interagindo com o artista, fazendo dele o seu brinquedo, seu fantoche pessoal naquele momento, quer pela dose de cachaça que o artista oferece, ou bem pela intenção de saber mais sobre o papel dele como um ilusionista.

Sr. Kosouth é uma máquina monstruosa quando ativado. Há tanta energia no lugar, existe uma constante interação entre as diferentes áreas: a pessoa, o artista, a ação, a definição e a fotografia. O público, expectante, admirado com a capacidade multicanal do artista. O artista, exposto e vulnerável frente ao seu próprio ego, sem nenhuma outra arma que não seja sua arte, que vale a pena dizer, foi o motivo de tudo o que lhe aconteceu.

É, digamos, em termos polêmicos, um Jesus cristo da arte contemporânea, expurgando todos os seus pecados e os pecados dos que estão na exposição. A luxúria invade o público quando o artista canta nu, enquanto a cobiça faz-se evidente quando lhe pedem mais e mais cachaça. Outros pecados fazem a ronda pelo lugar, o que torna ainda mais válido o sacrifício deste falso messias no museu.
As lágrimas, o suor e a ressaca são os únicos que permanecem no espaço. Longe estão as pessoas, as luzes, as câmeras e o performer. Resta Sr. Kosouth inativo, esperando para ser reanimado novamente: que as fotos mudem de lugar, que as definições mudem seu conteúdo, que a ação seja criada e que o performer seja lapidado. Assim como os diamantes.


 

domingo, 15 de abril de 2012

de vinos, mate e ilusiones

Tomaron el 130 a las diez. En el camino hablaron poco y apenas si se vieron las caras. Mariela estaba triste por irse y Leandro estaba preocupado porque iba tarde al trabajo. A las 10:25 Mariela se bajó en el puerto y, con voz resquebrajada, se despidió rápidamente antes que el bus tomara su rumbo y ella perdiera su parada. En Córdoba y Reconquista compró un vino y unos alfajores y fue al puerto para marcharse de Buenos Aires y su economía hiper inflada.

Durmió todo el viaje para no sentirse melancólica, pero al llegar a Montevideo lo primero que sintió fue la falta de Leandro; su sonrisa, sus dientes, sus piernas y su piel estaban tan arraigados en la mente de Mariela que todos los montevideanos de repente eran iguales a él.

La imposibilidad física de ese amor no le quitaba el sueño, pero la continuidad de esos ciclos de amores imposibles le rompían las ilusiones y la arrastraban en un sinsabor por la tierra roja de la ciudad donde vivía. Ramiro y los otros ahora no eran más que fantasmas que deambulaban en sus sueños de otoño, recuerdos de tiempos veraniegos que le robaban sonrisas y le rectificaban una vez más que había que vivirla para poder contarla.


terça-feira, 27 de março de 2012

No Jardim Botánico

Para desempolvar, una foto de los bellos tiempos en la Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro...saudade!